sábado, 2 de junho de 2018

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças

E ae meus queridos, tudo bem? Espero que sim...Pois bem, aproveito esse sábado ensolarado (ao menos no Rio), para inaugurar uma coluna nova aqui no blog, a coluna Filmes. Já aviso de antemão que não sei falar de filme sem dar spoiler, mesmo que pouco, então me desculpem se isso ocorrer.




Para ser sincera não lembro a primeira vez que vi o filme, nem quantas vezes já vi e apesar de ter filmes excelentes que merecem ser comentados, resolvi começar com esse por razões pessoais.

Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças é lindo e triste ao mesmo tempo. Joel e Clementine são um casal diferente do que estamos acostumados a ver nos filmes, ao longo da historia vemos a grande dificuldade que os dois possuem para se adaptar um ao outro. Ela é excêntrica, impulsiva e um tanto quanto louca...É do tipo que quer aproveitar a vida e dane-se o resto e as consequências enquanto que Joel é daqueles que não gosta e não consegue interagir com muitas pessoas e gosta de ficar no conforto de sua "bolha" agindo normal...Dentro dos padrões, mas apesar dessas diferenças, eles se amam! Se amam muito!


A historia começa realmente depois que Joel descobre que Clementine, após o termino, o apagou de suas lembranças, sim, no filme há uma empresa que faz esse tipo de serviço e a pessoa simplesmente esquece que te conheceu, esquece as brigas, as magoas, as marcas, esquece tudo! Furioso por ela ter feito isso, ele resolve recorrer ao mesmo procedimento. Enquanto isso ocorre vamos vendo todas as brigas que o casal já teve, porém vemos também os bons momentos e é quando eles chegam que Joel se arrepende.


Ao se dar conta de que apagando Clementine ele estará apagando parte de si mesmo, Joel começa uma saga dentro de sua mente na tentativa de conseguir esconder Clementine.

Vemos também outros relacionamentos conturbados ao longo do filme, ainda que não sejam a trama principal, eles compõe toda a historia. É necessário prestar atenção pois a historia muda de tempo algumas vezes, assim como entra e sai da mente de Joel.

"Feliz é a inocente vestal / Esquecendo-se do mundo e sendo por ele esquecida / Brilho eterno de uma mente sem lembranças / Toda prece é ouvida, toda graça se alcança". Esse poema de Alexander Pope é citado no filme e creio eu que tenha sido uma das inspirações do roteirista (não pesquisei para ter certeza). De acordo com ele, a unica forma de ser realmente feliz é se pudermos esquecer nossas dores, porém elas fazem parte do que somos.

Uma das coisas que mais gosto é o fato do casal ser bem parecido com a realidade, quantas vezes em nosso relacionamento as coisas se desgastam, nos estressemos e as vezes até sentimos raiva um do outro e pensamos "Se pudesse voltar eu teria seguido outro rumo." Porém quando nos lembramos dos bons momentos, dos motivos que nos levaram a amar tal pessoa, percebemos que apesar dos conflitos e das diferenças não queremos viver sem ela. O final do filme é lindo e embora derrame rios de lagrimas, não me canso de assisti-lo de novo. 


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