quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O Trono do Sol: A Magia da Alvorada – S.L.Farrell

Fiquei pensando durante alguns dias qual seria a melhor forma de fazer a resenha desse livro, afinal são tantas coisas que merecem ser mencionadas e queria ter a certeza de não esquecer nenhum detalhe importante. Por fim, cheguei à conclusão de que ficaria muito extenso e fiz o possível para falar de tudo um pouco, mesmo que de forma resumida.

Primeiro vamos falar do livro em si... A capa embora simples, já nos remete a um ar de mistério e embora a descrição do salão do trono não seja tão obscura quanto à capa faz parecer, ainda assim gostei bastante dela. Uma espécie de moldura foi colocada nas paginas, o que da certo charme embora seja algo suave, a diagramação e revisão foram muito bem feitas e amei o fato de ao fim do livro ter o apêndice que é composto pelos nomes e suas pronuncias, um dicionário que também conta com a pronuncia correta de cada palavra, uma explicação sobre a fé Concénziana, sobre como funcionam os prefixos de status e a hierarquia dos Dominios entre outras coisas (o fato da linhagem ser matriarcal, por exemplo), além do mapa de Nessântico e arredores. O livro é dividido em capítulos e ao longo de cada um a narrativa muda entre os personagens, de modo que temos uma visão bem ampla dos acontecimentos em Nessântico e nas proximidades.

Falando agora da historia... Apesar de Ana Co’Seranta ser o personagens com mais narrativa e de certo modo a maioria dos eventos envolve-la, não diria que ela é nossa protagonista... Nessântico é nossa protagonista! Sim, a cidade, pois tudo envolve Nessântico e a vontade de controla-la. De um lado temos Dhosti Ca’Millac, líder da fé Concénziana (algo similiar ao Papa da Igreja Catolica) junto com a Kraljica Marguerite, que buscam pela paz nos Domínios e possuem um visão um pouco mais flexível sobre a Divolonté (algo similar a Bíblia).

Sabe no filme O Padre, quando fazem aquele discurso de que ir contra a Igreja é ir contra Deus? Pois bem, em Nessântico não é diferente, ir contra a Divolonté é ir contra Cénzi e a condenação por isso é ter suas mãos e língua arrancados para nunca mais poder moldar o Ilmodo (poder magico concedido por Cénzi, aqui religião e magia são uma coisa só e você só pode moldar o Ilmodo se possuir fé em Cénzi e se tornar um sacerdote) e se por um lado temos Dhosti com uma visão mais flexível, do outro temos Orlandi Ca’Celibrecca, um extremista que não aceita interpretações diferentes da Divolonté e muito menos tolerância com aqueles que ousam usar o Ilmodo sem acreditar em Cénzi. Não preciso nem mencionar que Orlandi almeja o cargo de Archigos que pertence a Dhosti e será capaz de qualquer coisa para conseguir.

Ainda temos é claro aqueles que almejam o trono do Sol, o posto de Kralji e o controle de Nessântico e no meio de toda essa briga por poder temos Ana Co’Seranta que a única coisa que realmente quer é a liberdade, é nunca mais ter que ver seu Vathar novamente e que Cénzi a perdoe por usar o Ilmodo de forma indevida, porém liberdade é algo difícil de se conseguir em Nessântico, principalmente se você tem um poder tão grande quanto Ana tem e no momento em que Dhosti percebe isso e põe Ana sobre sua “proteção”, põe também um alvo na testa da menina. Para complicar ainda mais as coisas (ou não), Ana conhece Karl, um numetodo (pessoa que não acredita em Cénzi, porem molda o Ilmodo) que confunde sua cabeça, coração e sua fé.

A historia é envolvente, repleta de intriga, ação e magia. Você tem uma serie de coisas acontecendo ao mesmo tempo e todas elas com as mesmas chances de darem certo ou não, o que cria aquela tensão e curiosidade de não saber que rumo a historia vai seguir, até porque uma simples decisão de um dos envolvidos pode mudar tudo. Os personagens são intrigantes e cativantes, você logo se vê torcendo e roendo unhas com os acontecimentos. Leitura mais que recomendada!

O Trono do Sol é uma trilogia e não vejo a hora de ler a continuação (felizmente ganhei os três <3)

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